O Musurgia Ensemble, fundado em 2020 por João Francisco Távora e Helder Sousa, é um grupo, com formação variável, dedicado à interpretação de música instrumental dos séculos XVI, XVII e XVIII. Dentro dos seus desígnios, destaca-se a recuperação de património musical português, desenvolvendo projetos que entrelaçam as vias de interpretação artística e investigação musicológica. Neste âmbito inscreve-se o projeto “Solfa tangida, Solfa cantada”, desenvolvido entre 2023 e 2024, em parceria com o projeto Mundos e Fundos (Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra) e o grupo vocal Quarto Tom Ensemble. 

Para além da interpretação de música instrumental, o Musurgia Ensemble tem desenvolvido, e encontra-se a desenvolver, vários projetos no âmbito da música encenada, destacando-se aqui a coprodução da ópera Daphnis et Eglé, de J.-Ph. Rameau (Ponte de Lima, 2023), sendo o seu próximo projeto neste registo a produção do Auto do Fidalgo Aprendiz (1665), de Francisco Manuel de Melo, em parceria com a companhia NAVIO. 

O Musurgia Ensemble conta com a participação em vários festivais, entre eles o Festival “Além Mar” (2024), o FÓS – Festival de Órgão de Santarém (2024) e o CásterAntiqua – Festival de Música Antiga de Ovar (2025).

Em 2025, o Musurgia Ensemble realizou o projeto discográfico “Iste confessor Domini”, com música portuguesa e franco-flamenga para consort de flautas, e prepara-se para realizar o “Ad Vesperas”, com música de fontes musicais portuguesas para o ofício de Vésperas do Corpus Christi.